sexta-feira, 28 de junho de 2013

"2013: O Nascimento da Geração Web". Texto de Luciano Oliveira de Almeida

O que os governos não conseguem entender:

Pessoas como eu, que nasceram no fim dos anos 70, experimentamos um amadurecimento
político, diferente dos jovens nascidos na década de 90. Nos movimentos sociais da nossa juventude, tínhamos uma direção partidária, havia sempre um movimento sindical encabeçado por um partido político de esquerda.
Os nascidos nos anos 90, desconhecem a chamada "polarização política", o que eles conhecem são as alianças e conchavos feitos pelo "governo de coalizão". O que a geração web aprendeu é que a esquerda de hoje reprime, enquanto a direita se cala.

Em qualquer época, o sistema sempre foi o grande vilão, criando os excluídos...Quem comanda o sistema é sempre o alvo de qualquer manifestação.
Nada mais lógico que repudiar quem comanda o atual sistema brasileiro, portanto, os partidos de esquerda.

O movimento passe livre, somente desencadeou a insatisfação do povo brasileiro com o sistema político que nos rege, e por conta disso não podem ser tidos como líderes. Fazem parte de um movimento que transmite aos governantes um sentimento individual, mas que dá voz a um coletivo de total insatisfação contra um sistema dirigido por eles!
Como aceitar a bandeira partidária de um ou de outro partido que apoia as ações daqueles que dirigem o sistema do qual você vai as ruas lutar contra?

As manifestações vem sendo organizadas através das redes sociais mundo a fora, a internet deixou de ser um meio de entretenimento para se tornar uma ferramenta de organização. Somente os partidos de esquerda, acostumados a organizar manifestações no corpo a corpo movidos por interesses quando eram opositores do sistema, não se deram conta disso!
O que os militantes da dita esquerda tem que entender é que a "geração web", diferentemente da "geração coca-cola", não luta contra um regime político, mas contra todo um sistema, ou seja, o modo de se fazer política!

O que falta aos diretórios partidários é dar uma direção aos seus militantes, que mesmo fazendo parte da geração web, não se abrem a nova realidade do povo brasileiro.
Vemos por toda rede, militantes demostrarem a sua ojeriza a classe média, como dizer que odeia a classe média se seu partido se diz responsável em incluir mais de 35 milhões de pessoas nessa classe?
Inclusão econômica vem acompanhada acesso a informação, o que traz uma maior consciência política e isso o povo brasileiro vem demostrando com as manifestações!

3 comentários:

  1. Vem aí o golpe da reforma feita por políticos oportunistas que defendem o financiamento público de campanha, o que não acaba com o caixa dois, mas faz com que os políticos desviem o dinheiro público antes de ganhar a eleição. Outra pauta dessa reforma é a sobre o voto em lista fechada, que visa instituir uma ditadura de partidos golpistas. Na semana passada, Henrique Fontana (PT-RS), relator do projeto sobre o tema que tramita na Câmara, apelou aos líderes partidários para que votem o assunto urgentemente. O texto de Fontana busca dificultar as coalizões de conveniência, extinguir as siglas de aluguel, combater o caixa 2 e a influência de grandes corporações. A OAB e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizam hoje um ato em defesa da reforma política. Um projeto de lei de iniciativa popular será apresentado. http://www.ihu.unisinos.br/noticias/521300-tarso-genro-defende-constituinte-com-candidaturas-sem-partidos

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  2. É POR ISSO defot, QUE EU SEMPRE DIGO, QUE NÃO SE PODE GENERALIZAR QUANDO FALAM DO PT!!!

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  3. A melhor forma de governo é de um modelo parlamentarista unicameral no governo federal, estadual e municipal com o fim do senado. Podemos adotar o voto distrital com o Brasil dividido em 150 distritos para eleger dois deputados por distrito para um congresso de 300 deputados.
    A maioria dos países do mundo adotam o voto distrital, um modelo político mais regional onde as campanhas políticas poderiam ser feitas com doação de pessoas físicas no valor de 100 reais.
    No modelo distrital cada distrito tem o mesmo número de eleitores, as campanhas políticas ficam mais acessíveis e o eleitor vai poder escolher um representante da sua região, da sua cidade e do seu bairro.
    O financiamento público tem sido defendido por alguns políticos, mas isso não impede o caixa dois e facilita para que os políticos desviem o erário antes que sejam eleitos.
    Tem boas propostas de reforma política como impedir a reeleição para o mesmo cargo eletivo, acabar com os partidos políticos, os cargos comissionados de confiança e instituir a lei que permite ao eleitor impedir o mandato político a cada ano, também conhecida como lei do recall.
    Existem propostas que podem distorcer a política nacional, como fazer com que o voto seja facultativo. Se isto for aprovado vai reduzir bastante o número de eleitores e ficaria muito fácil para pequenos grupos se reunirem em alguns ônibus e lotações para tomar conta do processo eleitoral. Seria melhor ter dois deputados por distrito porque se acontecer do povo escolher uma pessoa errada, tem como recorrer para outro parlamentar. Com só um deputado por distrito, quem não seguir esse parlamentar pode acabar sendo perseguido.
    Sou a favor das reformas porque a sociedade acabou ficando refém do despotismo da classe política, como pode ser notado na lei que permite a votação secreta dos parlamentares e nos vários benefícios que os políticos recebem como auxílio moradia, auxílio alimentação e aumento de salários votados por eles mesmos.
    Sem as reformas vamos preservar os direitos de uma minoria que tomou o poder por conta de uma democracia de fachada.

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