sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Incompetência ou Inércia?

Durante quatro anos o governo do Rio de Janeiro recebeu apoio da população que acreditou que um projeto de segurança pública estava sendo executado.
Mas que projeto é esse que pacifica mas não prende?
Implementa UPP mas não reprime o tráfico?
Que não coordena as atividades da inteligencia das polícias para prever o que vivemos?
Desde setembro estamos sendo vítimas dos arrastões e incêndios ao patrimônio privado.
Desde setembro as reportagens mostrando que "os organizados" estavam se preparando para o ataque.
Na campanha para sua reeleição, o governador dizia que eram episódios pontuais com o intúito de desestabilizar seu governo, mas que a segurança pública não iria recuar.
O que temos hoje é uma população amedontrada, sem garantia de retorno à casa após um dia de trabalho, escolas fechadas e morte de inocentes.
Sem previsão ou prevenção, temos todos os motivos para cobrar, com atraso, uma atitude do governo.
Dizer que quer resolver já não basta, é preciso uma resposta.
A sociedade continua refém das bomba e dos tiros de fuzil, amedrontados com a inércia dos governantes que continuam afirmando que estão agindo com cautela e que está tudo sobre controle. Os ataques, são "pirraça" ou "desespero" dos marginais.
Desesperados estamos nós. Vendo a estratégia de observação do poder público e sua incompetência nessa "guerra". Mais uma operação do poder instituido, que se apresenta sem inteligência, atuação lenta e sem vontade de vencer.
Nas imagens "ao vivo", fica muito claro que as UPPs promovem a fuga, a migração total acontece e o "paralelo" mostra sua força, mesmo sendo monitorados pela inteligência da nossa segurança.
Esta operação, está envolta na cortina de fumaça negra dos carros, ônibus e pneus incendiados.
Como voltar a vida normal se estão nos ferindo?
Como aceitar sermos feridos pelo órgão de segurança?
O "paralelo" não dá nenhum direito à população. As autoridades constituidas também não.
Não temos segurança para ir e vir.
Governador ou prefeito... Qual deles irá provar o contrário?