terça-feira, 3 de abril de 2012

"Não fale a verdade, só fale o que eu pago".

No dia 02/04/2012, o Jornal do Brasil, publicou online o editorial "Exemplo de funcionário público"
Neste editorial, o jornal tece elogios ao prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes.
Seria um editorial pago? Me fiz essa pergunta o dia inteiro!

http://www.jb.com.br/editorial/noticias/2012/04/02/exemplo-de-funcionario-publico/

Eis o que foi publicado:
"O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, além da magnífica administração, que o qualifica para um segundo mandato, com seu empenho e de outros, trouxe para o Rio de Janeiro a Copa do Mundo, a Olimpíada, a Rio+20, a Jornada Mundial da Juventude.
Como se não bastasse, Paes tem se mostrado um desbravador, com a realização de grandes obras, sem preferência por região e nem por empresas.
O prefeito também dá exemplo da dignidade que deve ter um funcionário público. Quinta-feira, ele estava em São Paulo. Na sexta, desembarcou em Roma, onde permaneceu trabalhando até sábado. No domingo, assistiu à Santa Missa do Domingo de Ramos para, em seguida, ser recebido pelo papa Bento XVI, a quem falou da Jornada Mundial da Juventude, e do próprio Rio de Janeiro.
Na segunda-feira, três dias antes do feriado de Quinta-Feira Santa, podendo esticar sua estada na Europa com sua família, no caso, sua esposa - fundamentalmente, em Paris, refúgio dos grandes ditadores africanos, que usufruem do dinheiro apropriado de seus pobres descendentes - Paes já estava no Rio, em seu gabinete, reunido com seu secretariado, dando exemplo de como deve ser um funcionário público, principalmente, quando vocacionado, quem sabe, para dirigir o país".

Quantas declarações maliciosas, onde está a imparcialidade do editorial jornalístico?
Não creio que uma imprensa séria possa esquecer e apagar as próprias declarações anteriores.
Vou apresentar algumas publicações, quem sabe encontramos o ponto da mudança...

No dia 21/11/2011 o mesmo Jornal do Brasil, divulga em seu informe o texto: "Doadora da campanha de Paes ganha contrato de R$ 16 milhões sem licitação"

http://www.jb.com.br/informe-jb/noticias/2011/11/21/doadora-da-campanha-de-paes-ganha-contrato-de-r-16-milhoes-sem-licitacao/

"A empresa Nielsen Engenharia, uma das principais doadoras da campanha eleitoral do prefeito Eduardo Paes (PMDB) em 2008, foi contratada pela Secretaria Municipal de Saúde para construção de um hospital na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro. No total, o contrato tem o valor de R$ 16,797 milhões. Fundamentada no artigo 4º da Lei das Licitações, a Prefeitura dispensou a licitação do contrato alegando que a obra é emergencial.

Ligações perigosas
Em 2008, a Nielsen Engenharia doou R$ 300 mil para a campanha de Eduardo Paes. A doação da empresa corresponde a 12,5% do total de 2,4 milhões que o prefeito recebeu de empresas. Além da Nielsen, também contribuíram a Construtora OAS (R$ 350 mil) e a Multiplan Empreendimentos Imobiliários (R$ 300 mil).

Passado polêmico
No mês passado, a prefeitura pagou R$ 20 milhões por um terreno da empresa Tibouchina Empreendimentos, cujos donos contribuíram com R$ 245 mil para a campanha eleitoral de Eduardo Paes. A compra foi cancelada após a divulgação da negociação na imprensa".


No dia 25/10/2011 o mesmo Jornal do Brasil, divulga em seu informe o texto: Em 2009, Eduardo Paes se reuniu com supostos chefes da "máfia das vans"

http://www.jb.com.br/informe-jb/noticias/2011/10/25/em-2009-eduardo-paes-se-reuniu-com-supostos-chefes-da-mafia-das-vans/

"Neste domingo, a Rede Globo denunciou mais detalhes da máfia das vans na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Controladas por grupos de milicianos, eles mantêm, de acordo com a reportagem, um complexo sistema de propinas e extorsões que envolve policiais militares, políticos e motoristas. Mesmo circulando de maneira irregular, as vans são ignoradas pelas autoridades e circulam graças ao "arrego" pago semanalmente a policiais. O mais chocante é que esses mesmos líderes milicianos se reuniram em 2009 com o então prefeiro recém-eleito Eduardo Paes para, em tese, garantir a vitória de seus grupos na licitação das linhas de vans".

CPI das Milícias
Na ocasião, Eduardo Paes garantiu aos líderes das cooperativas denunciadas na "máfia das vans" que elas teriam preferência no processo licitatório das linhas de cada região. A intenção era manter as linhas nas organizações de trabalhadores, ignorando o fato de que elas mantinham laços estreitos com milicianos. Anterior ao encontro, a CPI das Milícias já denunciava algumas das pessoas que aparecem reunidas com Paes e com o vereador Adílson Pires (PT-RJ)".


No dia 22/02/2012, o mesmo Jornal do Brasil, divulga em seu informe o texto: "Eduardo Paes é flagrado na Sapucaí abraçando herdeiro de contraventor"

http://www.jb.com.br/informe-jb/noticias/2012/02/22/eduardo-paes-e-flagrado-na-sapucai-abracando-herdeiro-de-contraventor/

"O histórico de envolvimento do jogo do bicho com as escolas de samba do Rio de Janeiro não é novidade, mas o prefeito Eduardo Paes aproveitou a recente prisão de contraventores para mandar uma indireta para a Beija-Flor. O político criticou a falta de transparência no financiamento de algumas agremiações. O bicheiro Anísio Abraão, patrono e presidente da escola de Nilópolis, foi preso numa operação no começo do ano.

Faça o que falo...
Eduardo Paes dança acompanhado de Wilsinho, herdeiro de Wilson "Moisés"
Apesar da preocupação com a transparência das escolas, Eduardo Paes foi flagrado abraçando Wilsinho, presidente da Unidos de Vila Isabel. Wilsinho é filho de do contraventor Wilson "Moisés", que está preso, e é visto como o herdeiro do seu império.

Costume
Com a prisão de grandes nomes do jogo do bicho no Rio de Janeiro, como Anísio Abraão e Wilson "Moisés", parentes dos grandes chefes assumiram as rédeas dos negócios de família. Enquanto Wilsinho foi rapidamente eleito presidente da Vila Isabel, o sobrinho de Anísio, Nelsinho, assumiu a Beija-Flor".

Em 7 de outubro de 2005, em Brasília, Eduardo Paes chamou Lula de "psicótico". "Só [Sigmund] Freud [pai da psicanálise] explica esse comportamento. É uma atitude típica de quem sabe da sua culpa. Pois exagera nas mentiras para se convencer que são verdades."