quinta-feira, 26 de abril de 2012

Cachoeira & Cavendish & Civita & Cabral & Delta & Privataria. Muitas ligações, todas perigosas.

“Se você não for cuidadoso, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo.” Quantas vezes você já leu essa famosa frase de Malcolm X? No Brasil essa frase ganhou muita força, blogs e jornalistas que se dizem de esquerda vem usando essa frase para atacar ou se defender de seus inimigos e através de uma militância cega e tonta alimentar uma cortina de fumaça que tem como função livrar a cara de caciques e outros tantos políticos poderosos que se beneficiaram de amizades escusas e com elas financiamentos milionários para suas campanhas!
No fim do ano passado, houve um grande alvoroço em torno do lançamento do livro "PRIVATARIA TUCANA". Esse livro trouxe para nós os interesses ocultos por trás das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso. Aconteceu até um pedido de CPI, com coletas de assinaturas com parlamentares, troca de acusações e como desfecho o esquecimento. Com isso, os 'adversários' Lula e FHC empataram o jogo, pois FHC(PSDB) protegeu Lula(PT) quando em 2005 estava prestes a ser instalado um processo de impeachment, e o fim abrupto do governo Lula.
O ano mudou, estamos em 2012 e agora os brasileiros vêem mais uma vez o cenário político do nosso país em meio um mar de lama ou melhor em uma grande cachoeira! Vemos estampados em todos os jornais, sites e em blogs progressistas denúncias sobre o envolvimento de políticos, jornalistas e empresários com um contraventor goiano que têm acesso aos diversos 'palácios' do poder constituído de nossa república. Mas será que só agora, atentaram para as ligações de políticos e empresários?

Neste blog, podemos ler que em 2011, já se falava nas ligações de Cavendish, a Delta Construções e o governador do estado do Rio de Janeiro. Sérgio Cabral Filho (governador) & Fernando Cavendish( dono da Delta) são "compadres" duas vezes, laços familiares que se estendem ao negócios... "No dia 17/06/2011, um helicóptero cai no litoral da Bahia, entre uma das vítimas estava a namorada do filho do governador e junto ao acidente, chega uma enxurrada de denúncias de envolvimento com empreiteiros e empresários, corrupção e viagens tudo regado a favorecimento pessoal e enriquecimento ilícito de todos os envolvidos. Mesmo respeitando o luto das famílias, a população cobrou esclarecimentos e o estado quebrou o silêncio e informou na segunda-feira 20/06/2011, que o governador Sérgio Cabral viajou para o Sul da Bahia num jatinho do empresário Eike Batista, o megaempresário que doou R$ 750 mil para a campanha de Cabral em 2010. Eike se comprometeu ainda a investir R$ 40 milhões no projeto das UPPs, a menina dos olhos da segurança do Rio. O governador iria para a comemoração do aniversário de Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, empresa do Recife que ganhou impulso, no Rio, no governo Anthony Garotinho e que hoje, ocupa posição de destaque na execução orçamentária de Cabral. Apenas com as grandes concentração de obras, as cifras se agigantam: o DER empenhou em favor da empresa, no ano passado, R$ 40,1 milhões, e a Secretaria estadual de Obras, R$ 67,9 milhões. Os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do estado (Siafem) apontam que os contratos chegam a R$ 1 bilhão. Segundo denúncias de um ex-sócio de Cavendish à revista "Veja" soubemos que a Delta havia contatado José Dirceu, para tráfico de influência junto a líderes petistas. Ainda segundo a revista, Cavendish, em reunião com sócios em 2009, teria dito que, "com alguns milhões, era possível comprar um senador". A comemoração seria no Jacumã Ocean Resort, de propriedade do piloto do helicóptero acidentado, Marcelo Mattoso de Almeida - um ex-doleiro acusado de fraude cambial há 15 anos e de crime ambiental de sua empresa, a First Class, na Praia do Iguaçu, na Ilha Grande, em Angra dos Reis."

O fato é este, o (des)governador Sérgio Cabral Filho está atolado até o pescoço com a 'lama do Cachoeira', e mesmo assim vemos que as mídias tentam blindar o governador fluminense. Alguns blogueiros progressista vão além, estão através das ligações entre o contraventor Carlinhos Cachoeira e o chefe e todo poderoso da revista Veja cogitando a possibilidade de Roberto Civita ser o verdadeiro chefe desse círculo de corrupção entra a Imprensa, os Empresários, e os Políticos. Para eles o Civita seria o 'Capo' e que Cachoeira, o elo entre o capo e o poder.

Seria interessante ver a CPMI investigar Civita e seus colaboradores dentre os quais a ex-ministra da Administração Federal e Reforma de Estado do governo FHC, peça chave do processo de privatizações, quando criou seu programa de demissões voluntárias e ex-secretária de Cultura do Estado de São Paulo, vice presidente da fundação Victor Civita e atual secretária de educação da cidade do Rio de Janeiro. Quem sabe existe um elo maior do que se imagina entre o Cachoeira e a Privataria Tucana?

terça-feira, 3 de abril de 2012

"Não fale a verdade, só fale o que eu pago".

No dia 02/04/2012, o Jornal do Brasil, publicou online o editorial "Exemplo de funcionário público"
Neste editorial, o jornal tece elogios ao prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes.
Seria um editorial pago? Me fiz essa pergunta o dia inteiro!

http://www.jb.com.br/editorial/noticias/2012/04/02/exemplo-de-funcionario-publico/

Eis o que foi publicado:
"O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, além da magnífica administração, que o qualifica para um segundo mandato, com seu empenho e de outros, trouxe para o Rio de Janeiro a Copa do Mundo, a Olimpíada, a Rio+20, a Jornada Mundial da Juventude.
Como se não bastasse, Paes tem se mostrado um desbravador, com a realização de grandes obras, sem preferência por região e nem por empresas.
O prefeito também dá exemplo da dignidade que deve ter um funcionário público. Quinta-feira, ele estava em São Paulo. Na sexta, desembarcou em Roma, onde permaneceu trabalhando até sábado. No domingo, assistiu à Santa Missa do Domingo de Ramos para, em seguida, ser recebido pelo papa Bento XVI, a quem falou da Jornada Mundial da Juventude, e do próprio Rio de Janeiro.
Na segunda-feira, três dias antes do feriado de Quinta-Feira Santa, podendo esticar sua estada na Europa com sua família, no caso, sua esposa - fundamentalmente, em Paris, refúgio dos grandes ditadores africanos, que usufruem do dinheiro apropriado de seus pobres descendentes - Paes já estava no Rio, em seu gabinete, reunido com seu secretariado, dando exemplo de como deve ser um funcionário público, principalmente, quando vocacionado, quem sabe, para dirigir o país".

Quantas declarações maliciosas, onde está a imparcialidade do editorial jornalístico?
Não creio que uma imprensa séria possa esquecer e apagar as próprias declarações anteriores.
Vou apresentar algumas publicações, quem sabe encontramos o ponto da mudança...

No dia 21/11/2011 o mesmo Jornal do Brasil, divulga em seu informe o texto: "Doadora da campanha de Paes ganha contrato de R$ 16 milhões sem licitação"

http://www.jb.com.br/informe-jb/noticias/2011/11/21/doadora-da-campanha-de-paes-ganha-contrato-de-r-16-milhoes-sem-licitacao/

"A empresa Nielsen Engenharia, uma das principais doadoras da campanha eleitoral do prefeito Eduardo Paes (PMDB) em 2008, foi contratada pela Secretaria Municipal de Saúde para construção de um hospital na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro. No total, o contrato tem o valor de R$ 16,797 milhões. Fundamentada no artigo 4º da Lei das Licitações, a Prefeitura dispensou a licitação do contrato alegando que a obra é emergencial.

Ligações perigosas
Em 2008, a Nielsen Engenharia doou R$ 300 mil para a campanha de Eduardo Paes. A doação da empresa corresponde a 12,5% do total de 2,4 milhões que o prefeito recebeu de empresas. Além da Nielsen, também contribuíram a Construtora OAS (R$ 350 mil) e a Multiplan Empreendimentos Imobiliários (R$ 300 mil).

Passado polêmico
No mês passado, a prefeitura pagou R$ 20 milhões por um terreno da empresa Tibouchina Empreendimentos, cujos donos contribuíram com R$ 245 mil para a campanha eleitoral de Eduardo Paes. A compra foi cancelada após a divulgação da negociação na imprensa".


No dia 25/10/2011 o mesmo Jornal do Brasil, divulga em seu informe o texto: Em 2009, Eduardo Paes se reuniu com supostos chefes da "máfia das vans"

http://www.jb.com.br/informe-jb/noticias/2011/10/25/em-2009-eduardo-paes-se-reuniu-com-supostos-chefes-da-mafia-das-vans/

"Neste domingo, a Rede Globo denunciou mais detalhes da máfia das vans na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Controladas por grupos de milicianos, eles mantêm, de acordo com a reportagem, um complexo sistema de propinas e extorsões que envolve policiais militares, políticos e motoristas. Mesmo circulando de maneira irregular, as vans são ignoradas pelas autoridades e circulam graças ao "arrego" pago semanalmente a policiais. O mais chocante é que esses mesmos líderes milicianos se reuniram em 2009 com o então prefeiro recém-eleito Eduardo Paes para, em tese, garantir a vitória de seus grupos na licitação das linhas de vans".

CPI das Milícias
Na ocasião, Eduardo Paes garantiu aos líderes das cooperativas denunciadas na "máfia das vans" que elas teriam preferência no processo licitatório das linhas de cada região. A intenção era manter as linhas nas organizações de trabalhadores, ignorando o fato de que elas mantinham laços estreitos com milicianos. Anterior ao encontro, a CPI das Milícias já denunciava algumas das pessoas que aparecem reunidas com Paes e com o vereador Adílson Pires (PT-RJ)".


No dia 22/02/2012, o mesmo Jornal do Brasil, divulga em seu informe o texto: "Eduardo Paes é flagrado na Sapucaí abraçando herdeiro de contraventor"

http://www.jb.com.br/informe-jb/noticias/2012/02/22/eduardo-paes-e-flagrado-na-sapucai-abracando-herdeiro-de-contraventor/

"O histórico de envolvimento do jogo do bicho com as escolas de samba do Rio de Janeiro não é novidade, mas o prefeito Eduardo Paes aproveitou a recente prisão de contraventores para mandar uma indireta para a Beija-Flor. O político criticou a falta de transparência no financiamento de algumas agremiações. O bicheiro Anísio Abraão, patrono e presidente da escola de Nilópolis, foi preso numa operação no começo do ano.

Faça o que falo...
Eduardo Paes dança acompanhado de Wilsinho, herdeiro de Wilson "Moisés"
Apesar da preocupação com a transparência das escolas, Eduardo Paes foi flagrado abraçando Wilsinho, presidente da Unidos de Vila Isabel. Wilsinho é filho de do contraventor Wilson "Moisés", que está preso, e é visto como o herdeiro do seu império.

Costume
Com a prisão de grandes nomes do jogo do bicho no Rio de Janeiro, como Anísio Abraão e Wilson "Moisés", parentes dos grandes chefes assumiram as rédeas dos negócios de família. Enquanto Wilsinho foi rapidamente eleito presidente da Vila Isabel, o sobrinho de Anísio, Nelsinho, assumiu a Beija-Flor".

Em 7 de outubro de 2005, em Brasília, Eduardo Paes chamou Lula de "psicótico". "Só [Sigmund] Freud [pai da psicanálise] explica esse comportamento. É uma atitude típica de quem sabe da sua culpa. Pois exagera nas mentiras para se convencer que são verdades."

segunda-feira, 2 de abril de 2012

"Compra e venda de poder".

No dia 17/06/2011, um helicóptero cai no litoral da Bahia, entre uma das vítimas estava a namorada do filho do governador do Rio de Janeiro, e junto ao acidente, desaba uma enxurrada de denúncias de envolvimento de Sergio Cabral com empreiteiros e empresários, corrupção e viagens, tudo regado a favorecimento pessoal e enriquecimento ilícito de todos os envolvidos.

O governador iria para a comemoração do aniversário de Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, empresa do Recife que ganhou impulso, no Rio, no governo Anthony Garotinho e que hoje, ocupa posição de destaque na execução orçamentária de Cabral. Apenas com as grandes concentração de obras, as cifras se agigantam: o DER empenhou em favor da empresa, no ano passado, R$ 40,1 milhões, e a Secretaria estadual de Obras, R$ 67,9 milhões. Os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do estado (Siafem) apontam que os contratos chegam a R$ 1 bilhão.

No texto que escrevi em 24 de junho de 2011, usei as declarações de Cavendish, sobre a compra de influência nos três poderes, e até hoje o governador Sérgio Cabral não conseguiu explicar suas ligações pessoais com o empresário. Os contratos milionários continuam ativos e novos acordos são efetivados.
Naquela época, escrevi que segundo a revista Veja, Cavendish, em reunião com sócios em 2009, teria dito que, "com alguns milhões, era possível comprar um senador". Agora sabemos um pouco mais. O círculo de amizades é importante para que 'esses negócios' sejam efetuados.
Gravações da Polícia Federal (divulgadas em março de 2012), mostram que o empresário-bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, pediu que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) se esforçasse para impedir a convocação do empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, para depor numa comissão da Câmara, em maio do ano passado.

Sabe-se que Cachoeira era “dono” da segurança pública em Goiás e nomeava apadrinhados na Secretaria de Indústria e Comércio. Aos poucos, começam a vazar também os grampos que comprovam seu envolvimento com o poder. Além de 'comandar' Governadores, Senadores, Deputados e empresários, Cachoeira atua também nos setores farmacêutico, de advocacia, de construção, de segurança e de comunicação.

O Senador Demóstenes Torres, por exemplo, tratava Cachoeira como “professor”. Uma nova gravação mostra o bicheiro falando com o delegado Fernando Byron da Polícia Federal, que, na verdade atuava como seu informante sobre possíveis ações contra a Delta de Fernando Cavendish.
Promotores envolvidos na Operação Monte Carlo suspeitam de que Cachoeira era uma espécie de sócio informal da Delta. A empresa de Fernando Cavendish, desembarcou no Cerrado em 2006. Naquele ano, faturou R$ 5,5 milhões no estado. Hoje, os contratos somam R$ 276 milhões e também abrangem diversas prefeituras.

Em nota, a construtora Delta informou que as “áreas de relacionamento institucional da empresa e o presidente do Conselho de Administração do Grupo Delta, Fernando Cavendish, desconhecem o teor, a motivação e a natureza do diálogo”.

O que estamos acompanhando através dos grampos da Polícia Federal, são os tentáculos do "comércio" que está em todos os lados.
Governadores, Senadores e Deputados, prestam favores, fazem negócios (legais e ilegais), recebem bônus, presentes e mimos de empresários dando a ele o PODER.
Carlos Cachoeira, que está preso por explorar ilegalmente jogos de azar, é defendido pelo advogado Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça de Lula.

http://www.marizieh.blogspot.com.br/2011/06/cavendish-diz-com-alguns-milhoes-era.html

Eu continuo com minhas perguntas:
Até quando os corruptos continuarão administrando nosso país?
Até quando seremos surpreendidos com a 'máfia' no poder público?
Quantos mais continuarão enriquecendo?
Quanto custa a dignidade?