sexta-feira, 24 de junho de 2011

Cavendish diz: "Com alguns milhões, é possível comprar um senador". Eu pergunto: "Quanto custa um governador"?

No último dia 03/06/2011, o Rio de Janeiro foi cenário de um dos maiores fatos de sua história recente com a invasão de bombeiros militares, insatisfeitos com seus baixos salários e desvalorização profissional, o seu quartel central.

Os militares juntamente de suas famílias, invadiram o quartel exigindo resposta de seu comandante que os ignorou durante semanas e que, ao invés de se dirigir a sua tropa, enviou o comandante de outra corporação para tentar negociar com seus subordinados. Sem acordo, o governo respondeu de maneira brusca enviando a força de elite da polícia militar do estado do Rio de Janeiro.

O batalhão de operações especiais (BOPE) é comparado a força de elite do exército de Israel, "exército mais bem treinado do planeta", para intimidar homens que entregaram suas vidas ao sacerdócio de salvar outras.
Após a entrada do BOPE usando armas de grosso calibre e bombas "os heróis do Rio se entregaram e foram levados para o Batalhão de Choque também no centro do Rio e após para quartéis de bombeiros e outras instituições.

O governador Sergio Cabral Filho, foi a TV e em seu discurso chamou os bombeiros de "marginais, vândalos, covardes e vagabundos". Isso caiu como uma bomba em cima do governador. Imediatamente a população fluminense se solidarizou com os 439 presos.
A mídia tentou ocultar a verdade mas já não adiantava. Os protestos em prol dos bombeiros foram ganhando mais força e a tirania de Cabral ganhando cada vez mais evidência.

Nossos heróis começaram a receber mensagens de apoio vindas de todo Brasil e também de outros países. O movimento ficou maior do que a causa. Dias depois por pressão popular foi concedido o habeas-corpus e nossos heróis em saída do cárcere, deram uma aula de cidadania ao marchar em direção a liberdade cantando o hino nacional!
Era apenas o início de um pesadelo sem fim para Cabral.

No dia 17/06/2011, um helicóptero cai no litoral da Bahia, entre uma das vítimas estava a namorada do filho do governador e junto ao acidente, uma enxurrada de denuncias de envolvimento com empreiteiros e empresários, corrupção e viagens tudo regado a favorecimento pessoal e enriquecimento ilícito de todos os envolvidos.

Mesmo respeitando o luto das famílias, a população cobrou esclarecimentos e o estado quebrou o silêncio e informou na segunda-feira 20/06/2011, que o governador Sérgio Cabral viajou para o Sul da Bahia num jatinho do empresário Eike Batista, o megaempresário que doou R$ 750 mil para a campanha de Cabral em 2010. Eike se comprometeu ainda a investir R$ 40 milhões no projeto das UPPs, a menina dos olhos da segurança do Rio.

O governador iria para a comemoração do aniversário de Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, empresa do Recife que ganhou impulso, no Rio, no governo Anthony Garotinho e que hoje, ocupa posição de destaque na execução orçamentária de Cabral. Apenas com as grandes concentração de obras, as cifras se agigantam: o DER empenhou em favor da empresa, no ano passado, R$ 40,1 milhões, e a Secretaria estadual de Obras, R$ 67,9 milhões. Os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do estado (Siafem) apontam que os contratos chegam a R$ 1 bilhão.
Segundo denúncias de um ex-sócio de Cavendish à revista "Veja" soubemos que a Delta havia contratado José Dirceu para tráfico de influência junto a líderes petistas. Ainda segundo a revista, Cavendish, em reunião com sócios em 2009, teria dito que, "com alguns milhões, era possível comprar um senador".

A comemoração seria no Jacumã Ocean Resort, de propriedade do piloto do helicóptero acidentado, Marcelo Mattoso de Almeida - um ex-doleiro acusado de fraude cambial há 15 anos e de crime ambiental de sua empresa, a First Class, na Praia do Iguaçu, na Ilha Grande, em Angra dos Reis.

O fato é este, o (des)governador Sérgio Cabral Filho está em seu inferno astral e graças aos astros a população fluminense está se mobilizando e aprendendo a dar voz a sua indignação, mesmo que as mídias tentem blindar o governador.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

"No Palácio Tiradentes não falta dinheiro".

Condições dignas de moradia, saúde, transporte, educação, trabalho, segurança...
O que vivemos no país hoje contraria e muito, a lei que define os direitos sociais do cidadão. A baixa qualidade dos serviços está em todas as áreas.

Mas como melhorar a qualidade dos serviços prestados pelo poder público?
Investimentos em materiais e infra-estrutura. Pesquisas e fiscalização. Empenho e dedicação. Valorização.
Melhorar o salário do servidor público também é uma maneira de buscar melhoria de qualidade pois, quem tem baixa remuneração precisa sobrecarregar-se para suprir suas necessidades e de sua família.
Com rendimentos melhores, pode dedicar-se e seu trabalho melhora.
É simples? Não, mas precisa ser alcançado, para que os direitos sociais do cidadão sejam atendidos com dignidade. Acredito que melhorando o salário do servidor seja uma forma de influenciar na qualidade do serviço.

Os deputados e senadores também pensam assim, tanto que aumentam regularmentes seus salários pois, acham que um representante do povo, "servidor público" precisa ter salários dignos para que seu trabalho seja bem executado. Com altos salários podem custear suas viagens, seus assessores de gabinete e campanhas. Claro como representar bem o povo se precisassem trabalhar em triplas jornadas, de segunda a segunda e sem auxiliares competentes?

Aqui na ALERJ, representantes eleitos pelo povo, de diversos partidos por acreditar que melhores salários darão aos bombeiros melhores condições de vida e trabalho, uniram-se e através de um documento deram apoio as reivindicações dos "heróis do estado". Levaram o documento ao plenário e debateram solicitando apoio as justas reivindicações dos servidores públicos que desde abril solicitam respostas dos líderes do governo, representado pela figura do governador Sergio Cabral Filho.

Qual não foi meu espanto em saber que alguns foram contra e recusaram-se a assinar.

Por que não dar apoio aos servidores públicos que reivindicam salários justos? Por que não apoiar as reivindicações dos servidores por condições dignas de tratamento?

Será que esses deputados estaduais, servidores públicos, eleitos pelo povo acreditam que não merecem receber os altos salários que têm a sua disposição todos os meses?


Do RJTV - 17/12/2010 18h45
Deputados estaduais do Rio vão ganhar aumento de salário
Rendimentos vão para cerca de R$ 20 mil, devido a aumento dos federais.
Proposta de comissão sugere que governador passe a ganhar R$ 17.200.


Os deputados estaduais do Rio terão aumento de rendimentos em 2011. Eles recebem o equivalente a 75% do salário dos deputados federais, que foi reajustado essa semana em Brasília e passou para R$ 26,7 mil. Com isso, os rendimentos dos deputados estaduais do Rio passam de R$ 12.384 para cerca de R$ 20 mil mensais.
A Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) apresentou um projeto de lei para aumentar os salários do governador, vice-governador e secretários estaduais, que não foram afetados pelo aumento dos deputados federais.
A proposta sugerida pela comissão precisa ser aprovada na votação prevista para segunda-feira (20). Ela prevê que o salário do governador passe de R$ 13.400 para R$ 17.200. Já os salários do vice e dos secretários passariam de R$10 mil para R$ 12.900 por mês.
De acordo com a assessoria da Alerj, o reajuste dos deputados estaduais entrará em vigor em 1º de fevereiro de 2011. Já o do governador, vice e secretários, se aprovado, passará a valer em 1º de janeiro.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

"Os Indignados do Brasil"

A meses, acompanhamos as revoltas no mundo árabe e países africanos. A mídia vem trazendo como destaque, a motivação dos povos e "a busca de liberdade contra governos opressores" que enriquecem com a miséria do povo, que vive enganado e sem direito de reclamar.
As manifestações que ocorrem na Europa também merecem destaque da nossa mídia, vide os INDIGNADOS espanhóis.
Muito me estranha que a mídia brasileira não faça o mesmo com o que acontece aqui.
O governo brasileiro divulga que estamos crescendo, que os investimentos estão sendo feitos para atingirmos o patamar de país desenvolvido e que está havendo distribuição de renda.

Que desenvolvimento é este?
Políticos têm seu patrimônio aumentado em 20 vezes, empresários que enriquecem da noite para o dia. Desvios de influência e verbas. Corrupção e nepotismo cruzado. Denúncias de erros e autoritarismo.
Que distribuiçãode renda?
Salário mínimo vergonhoso. Bolsa Família. Assistêncialismo eleitoreiro. Inflação.
A população do Brasil clama por respeito e dignidade.

No Rio de Janeiro, bombeiros e professores lutam contra a tirania de um governante, que não é ditador, pois foi eleito pelo povo, mas isso não dá a ele o direito de manter na obscuridade as necessidades dos servidores públicos, não oferecer serviços de qualidade e usar espaços na mídia para divulgar mentiras.
O governador não respeita os profissionais e as instituições que eles representam. Ignora os apelos da população, negocia com bandidos, encobre os erros administrativos e promove campanhas populistas.
O governador favorece empresas e empresários e usufrui de todos os benefícios do cargo.

Hoje, o que vivemos é as classes trabalhadoras do Rio de Janeiro unidas.
Bombeiros, Professores, Policiais Civis e Militares, Médicos e Enfermeiros aderindo ao movimento. Clamando pela atenção da mídia brasileira que a revolução é aqui e agora.

As reivindicações são simples, salários dignos e respeito.

O Rio de Janeiro, já foi palco de grandes acontecimentos e agora vai mostrar que já cansou de reclamar de políticos que não fazem nada.
"Todo poder emana do povo" e todo cidadão brasileiro deve apoiar.