segunda-feira, 6 de setembro de 2010

De Maria Ziehlsdorff

 Para que as pessoas  saibam como estou sendo prejudicada pela atual
administração municipal.
"Mesmo que tudo indique o contrário, creia: o seu cavalo pode voar."
 Entrei numa luta desigual pelo direito de ter meu trabalho de volta.
Sou professora de ensino fundamental, tenho duas matrículas na rede
municipal, e estou indignada  com os métodos que estão utilizando para
alcançar as metas na atual gestão. Estão negociando a aposentadoria de
servidores, transferindo os encargos financeiros do servidor ativo
para o fundo de pensão, aumentando assim a folha de inativos da
PREV-RIO. Este fato é uma parte do "projeto" que tem um objetivo ainda
maior. Através de conversas com servidores, pesquisas e notícias
veiculadas pela imprensa, fica evidente a estratégia utiilizada.

Deixo aqui 3 perguntas: 1-Porque as merendeiras passaram pelo
constrangimento e foram submetidas a exames periciais em clínica e
médicos escolhidos pelos administradores? O resultado dessa manobra é
que grande parte dos profissionais tiveram suas readaptações revogadas
ou foram aposentadas por incapacidade. 2-Se há falta de funcionários e
professores, porque não lançar o edital de concurso público para
compor os quadros? Ao invés do tramite legal, o que estamos vendo são
as parcerias com ONGs, Fundações Famosas, Universidades. Concordo que
toda a sociedade deve dizer "presente" a causa educacional, mas sem a
desvalorização do profissional qualificado e concursado. 3-Porque a
Biometria encaminha processos de aposentadoria por invalidez de
servidor que não apresenta nenhuma incapacidade?
Eis meu relato: Fui vítima de ameaça e sofri agressão do meu ex
marido. Medo, depressão e estresse, me afastararam das funções que
exerci com empenho e dedicação por 16 anos. Ja estando apta e tendo
por diversas vezes inquirido aos peritos sobre meu retorno, mesmo
nenhum dos laudos apresentados por mim falar em incapacidade para
exercer qualquer função. Os peritos negaram meu retorno, deixando-me a
mercê de uma situação em que me sinto humilhada, me desqualificaram
sem levar em conta tudo o que lutei para conquistar minha realização
profissional. Sem ter sido informada que o período de afastamento era
limitado, sem ter sido ouvida e sem ter sido adaptada a nova condição,
direito que é garantido por lei. Atestaram em um processo de
aposentedoria por invalidez permanente que estou incapaz de exercer
qualquer função. Sempre trabalhei, e dediquei-me ao serviço publico
com afinco, buscando oferecer as melhores oportunidades, as quais eu
não tive, para as crianças que eu educava. Como alfabetizadora, não
ensinei somente  o caminho da leitura. Ensinei a centenas de crianças
sobre cidadania, respeito, justiça, trabalho, honra e tantos outros
conceitos fundamentais numa sociedade verdadeiramente digna. Hoje
revelo minha indignação e afirmo que muitos dos que decidem sobre
nossa vida, não aprenderam esses valores o que os tornaria pessoas
mais conscientes dos limites do seu poder
Um poderoso rei condenou um humilde súdito à morte.
 O homem, prestes a ser executado, propôs e teve a concordância do
rei, permiti-lo ensinar o cavalo real a voar.
Caso não conseguisse, no prazo de um ano, então sua sentença seria cumprida.
"Por que adiar o inevitável?" Perguntou-lhe um amigo.
"Não é  inevitável," ele respondeu, "as chances são quatro a um a meu favor.
Dentro de um ano:
O rei pode perder o trono.
Eu posso Fugir.
O Cavalo pode fugir.
Eu posso ensinar o cavalo a voar.
Freqüentemente nos vemos diante de obstáculos difíceis e aparentemente
impossíveis de transpor.
Por mais que busquemos soluções, elas parecem não existir.
O primeiro impulso nos convida a desistir, precisamos juntar os
esforços para achar as possíveis soluções.
Porém, hoje, em poucas horas o homem atravessa um oceano e vai para
outro continente!
Não esmoreça nunca. Mesmo que tudo indique o contrário, creia: o seu
cavalo pode voar!