quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

" A água das chuvas, alaga diversos pontos da Cidade. Mesmo assim a prefeitura consegue escoar R$ 1,3 milhão pelo ralo".

A cada nova entrevista que assisto, o descaso do Prefeito Eduardo Paes com assuntos importantes para a cidade do Rio de Janeiro me espanta.
Com postura de garoto propaganda, faz do Rio um portal de gastos supérfulos, enquanto as providências necessárias para o bem estar dos cariocas ficam no esquecimento. Os alagamentos constantes não são focados como metas prioritárias.
Os desabamentos do início do ano ainda estão em estudo, engenheiros denunciam que as obras não foram nem projetadas e alertam para o perigo que a população corre com as chuvas de verão.
Não sou especialista, mas os noticiários apresentam os possíveis locais onde moradores correm risco de perdas materiais e mortes. A única solução da prefeitura será o pagamento de aluguel social para os sobreviventes após as tragédias?
Em 15/12, na TV Bandeirantes Rio, o prefeito declarou ser "homem político" e que adora ser "prefeito da Cidade". Eu declaro que sou cidadã e que adoraria ter um prefeito que se interessasse de verdade com a população e com toda a cidade.
Além das notícias que tenho partilhado, encontrei mais uma das mega produções do 'príncipe'.
O cantor Luan Santana fará show para uma parte os servidores públicos da rede . Bom para quem aplaude ver o dinheiro arrecadado pela prefeitura sendo gasto de forma tão seletiva. Com a preparação do espetáculo que será oferecido para os sorteados e o cachê do artista, sairão dos cofres públicos através da RIOTUR a quantia de 1,3 milhão. O evento corporativo não foi fechado diretamente com os empresários do artista, mas com a empresa "Daniel Alves da Cunha Locação de Equipamentos".
A contratação do empresário foi feita sem licitação, o que é permitido pela Lei 8.666/93, que trata das concorrências públicas. A lei não fixa um teto para pagamento de artistas, uma vez que esse tipo de orçamento não tem critério objetivo.
O vereador Paulo Pinheiro (PPS) manifestou em plenário,sua crítica a essa contratação. Concordo com ele, essa verba poderia ser melhor empregada nos hospitais, ou revertida em benefícios para os funcionários.
Aos servidores que não concordam com o presente, resta a insatisfação.
Aos moradores da cidade resta a indignação de não ter seus impostos gastos com obras que beneficiem a todos os que contribuem.

Restam algumas perguntas. Quem é o verdadeiro intermediário desse grande negócio? Quem será beneficiado com esse mega evento? Quem é Luan Santana? Quem é Daniel Alves? Está sobrando dinheiro nos cofres municipais? Quantas cestas básicas seriam montadas e distribuídas? (no Complexo, por exemplo?) Porque pagar 1,3 milhões para um único cantor se no réveillon de 2009 foram gastos 1,7 milhões para mais de 15 artistas?
Conversando com um amigo ele disse a seguinte frase:
"Funcionários da prefeitura não querem circo, eles preferem melhores salários e condições de trabalho".

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O Princípio. Que culminou com a "guerra" no Rio.

Nesses dias tensos no Rio de Janeiro, o Brasil e o mundo estão se perguntando: Que guerra é essa? Como pessoas que vivem na pobreza, tem em seu poder armas que custam milhares de dólares e as usam para desafiar as forças militares de um país?
Vou tentar responder, não com olhar de especialista em segurança ou socióloga. Mas com o olhar de quem estudou um pouco, professora que trabalhou em áreas carentes durante 16 anos, convivendo com essa violência e ouvindo de meus alunos as histórias sobre o 'status' proporcionado pelo tráfico.

"Durante a ditadura militar, universitários, professores, jornalistas, artistas, após as torturas, eram levados para o presídio da Ilha Grande, que favorecia o isolamento dos chamados 'guerrilheiros'. Os presos comuns (assaltantes, traficantes) passaram a ser mandados para lá. Muitos conflitos aconteciam, mas com o contato e a influência dos 'militantes' políticos que presos, tiveram reforçados seus ideais socialistas, os "comuns" aprenderam a organização e a formação da unidade com hierarquia.
Quando saíam de lá, tinham formado a idéia de coletivo e de que juntos eram mais fortes e queriam transformar a realidade em que viviam, voltavam refinados (enredo do filme Quase dois Irmãos de Lucia MURAT). Passaram então, aos grandes assaltos e sequestros. Com o que era faturado, faziam por suas comunidades o que o estado não supria (alimentos, remédios, auxílio), enviavam dinheiro e suprimento para os companheiro encarcerados e se armavam para as próximas ações.
Ficaram conhecidos como Robins Hoods, tirando dos ricos e dando aos pobre. Organizados, nascia no Rio de Janeiro, a Falange Vermelha que tinha como seu ideal Paz, Justiça e Liberdade.

Nesse período, a cocaína era consumida mais pelas classes ricas da sociedade, já que seu custo era alto. A droga, conhecida como ouro branco, frequentava as bandejas de prata das altas rodas, para divertir os que viviam do outro lado do túnel. Cocaína era coisa de rico, os pobres consumiam maconha.
Temos na guerra do Vietnam e no movimento Hippie a difusão dos ácidos, que logo se tornaram moda entre os usuários da classe media alta do Rio de Janeiro.

Com o tempo, os traficantes estavam melhor organizados e os consumidores afoitos, isso atraiu a atenção dos Barões do pó, que viram aqui no Rio um grande filão. Com as misturas, baratearam a coca e fizeram acordos rentáveis para os dois lados. É a oferta/procura do comércio, 'quanto mais barato for, mais eu vendo'. Aumenta então o consumo da cocaína. Foi um grande passo.
Como em toda unidade, aconteceram os rachas. A base do grupo intitúla-se então como Comando Vermelho e as dissidências envolvem-se em disputas por território e formam mais duas facções, Terceiro Comando e Amigos dos Amigos, que até os dias de hoje travam uma guerra entre si e fazem do cidadão comum seu alvo e refém .

Durante esses anos surge novo personagem dessa "guerra". Criado em uma comunidade pobre de Duque de Caxias na Baixada Fluminense. Um homem, que por sua sede de poder, se tornava o maior traficante do estado. Os especialistas para acalmar nossa elite, diziam que esse homem era um Zé ninguem, que não tinhamos o que temer. Até o governo americano começar uma investigação na Colômbia e descobrir que Luiz Fernando da Costa tinha ligações com as FARC. Conhecemos então, Fernandinho Beira-Mar, o maior narcotraficante da história do nosso país, trouxe para o Brasil as táticas de guerrilha e as armas pesadas. Eliminava os inimigos, impondo seu poder nas comunidades e no asfalto. Beira-Mar ficou conhecido nacionalmente durante os atentados (de 1980 de 1990 e 2002) nesses períodos vivemos dias de terror, sob julgo da sede de poder de um homem, e nossa elite não valorizava o problema. Através da mídia ouvíamos os especialistas dizerem que eram fatos isolados. Enquanto os problemas ficassem restrito as comunidades, eram tratados como guerra entre traficantes.
A polícia sempre utilizou da política da intimidação. Entrava nas favelas, prendia, matava, extorquia tudo com o aval e a proteção do estado e o maior de todos os erros "apoio da elite" e da "imprensa".

As favelas cresciam, e os novos líderes que surgiam, cada um querendo ser mais forte e poderoso não assustavam as autoridades. A elite estava sendo protegida e a geografia da cidade auxiliava a segurança da área nobre, área dos nossos cartões postais, área da nossa alta sociedade.
E como disse Ralph Emerson (1803/1882), "Todas as vantagens têm o seu imposto".

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Incompetência ou Inércia?

Durante quatro anos o governo do Rio de Janeiro recebeu apoio da população que acreditou que um projeto de segurança pública estava sendo executado.
Mas que projeto é esse que pacifica mas não prende?
Implementa UPP mas não reprime o tráfico?
Que não coordena as atividades da inteligencia das polícias para prever o que vivemos?
Desde setembro estamos sendo vítimas dos arrastões e incêndios ao patrimônio privado.
Desde setembro as reportagens mostrando que "os organizados" estavam se preparando para o ataque.
Na campanha para sua reeleição, o governador dizia que eram episódios pontuais com o intúito de desestabilizar seu governo, mas que a segurança pública não iria recuar.
O que temos hoje é uma população amedontrada, sem garantia de retorno à casa após um dia de trabalho, escolas fechadas e morte de inocentes.
Sem previsão ou prevenção, temos todos os motivos para cobrar, com atraso, uma atitude do governo.
Dizer que quer resolver já não basta, é preciso uma resposta.
A sociedade continua refém das bomba e dos tiros de fuzil, amedrontados com a inércia dos governantes que continuam afirmando que estão agindo com cautela e que está tudo sobre controle. Os ataques, são "pirraça" ou "desespero" dos marginais.
Desesperados estamos nós. Vendo a estratégia de observação do poder público e sua incompetência nessa "guerra". Mais uma operação do poder instituido, que se apresenta sem inteligência, atuação lenta e sem vontade de vencer.
Nas imagens "ao vivo", fica muito claro que as UPPs promovem a fuga, a migração total acontece e o "paralelo" mostra sua força, mesmo sendo monitorados pela inteligência da nossa segurança.
Esta operação, está envolta na cortina de fumaça negra dos carros, ônibus e pneus incendiados.
Como voltar a vida normal se estão nos ferindo?
Como aceitar sermos feridos pelo órgão de segurança?
O "paralelo" não dá nenhum direito à população. As autoridades constituidas também não.
Não temos segurança para ir e vir.
Governador ou prefeito... Qual deles irá provar o contrário?

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

"Ministério Público Brasileiro. A Consciência da nossa Constituição."

Com a notícia da minha aposentadoria, busquei informações para reverter e não obtive respostas satisfatórias, nem na prefeitura, nos órgãos ou com pessoas.
A quem recorrer quando uma injustiça é cometida? A resposta está no Ministério Público Brasileiro. Quando atua, onde age foi o caminho das minhas pesquisas e relato aqui o que encontrei e entendi.
"De acordo com a Constituição Federal de 1988, sua atuação é com a defesa da cidadania e da dignidade da pessoa humana." Exigindo dos poderes públicos e dos serviços de relevância o respeito aos direitos alencados na Constituição.
Uma atuação desse porte precisa ter divulgação maior junto a população, que vê seus direitos negados e por falta de conhecimento deixa de recorrer.
Por ser uma Instituição autônoma o Ministério Público não está subordinado a nenhum dos três poderes, Executivo, Legislativo ou Judiciário, cabendo a ele portanto a defesa da ordem jurídica, o regime democrático e interesses sociais e individuais.
Cada um dos estados brasileiros conta com uma sede do Ministério Público que possui autonomia em relação aos demais.
O Ministério Público é "a consciência da nossa Constituição". Procuradores de Justiça e Promotores de Justiça são agentes da lei e da sociedade. Atuam nas áreas de Cidadania, Civil, Criminal, Fundações, Eleitoral, Infância, Consumidor, Execução e Investigação Penal, Saúde e Meio Ambiente.
Para entender as atribuições do Ministério Público, basta ter a certeza que ele atua principalmente instaurando investigações civis, recomendações de ajuste em ações públicas em defesa dos interesses da população.
Hoje, (22/11) na minha 1ª audiência na Promotoria de Registros Públicos do Ministério Público do Rio de Janeiro, espero que minha reclamação seja validada e que uma Recomendação de ajustes seja encaminhada a prefeitura do Rio de Janeiro. Recorro contra a Gerência de Perícias Médicas que me aposentou por invalidez total e permanente, baseada unicamente ao tempo que necessitei de afastamento, já que precisava proteger minha vida de uma série de ameaças registradas em BO na DEAM de Campo Grande. A Justiça ainda não foi feita quanto ao agressor e eu mais uma vez esto recorrendo a Justiça para ter meus direitos respeitados.
Uma frase no portal do Ministério Público do RJ chama a atenção e confio que seja verdadeira.
"A Justiça é cega, mas o Ministério Público ao contrário, está de olhos bem abertos na fiscalização do cumprimento da Lei."

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

"Educador na Essência".

Dia do Mestre! Pensando em homenagear, muitos nomes brasileiros teriam que estar nessa lista. Anísio Teixeira, Florestan Fernandes, Paulo Freire, Darcy Ribeiro, Dom Hélder, Hebert de Souza, Irmã Dulce. Nem todos professores de formação mas, com certeza, Educadores na Essência.
Nossos contemporâneos nos deram privilégios e exemplos. Formadores, incentivaram outros que hoje trabalham pela Educação desse país, entre eles trago o nome de Cristovam Ricardo Cavalcante Buarque.
Nascido em família humilde. Cursando Engenharia, engajado nos problemas educacionais e sociais de Pernambuco, trouxe para si compromissos e debateu assuntos que o levaram a ser perseguido pelo AI-5. Com o auxílio de Dom Helder, conquistou uma bolsa de estudos na Sourbone de Paris . Trabalhou, estudou e casou. Em 1973 formou-se Doutor em Economia. Trabalhou como Consultor do BID até 1979, ano em que retorna ao Brasil, após 13 anos de auto-exílio. Foi o 1º Reitor eleito após a ditadura na UNB. Implementou programas importantes, elevando o 'status' daquela Universidade. Homem de grandes idéias e ideais, em 1995, foi eleito Governador do Distrito Federal. Suas metas foram "Educação, Trabalho e Renda". Iniciou o Bolsa Escola no DF, que diminuiu a evasão escolar de 10% para 0,4% ao ano. Com cunho social, o projeto não sanou os problemas educacionais, a repetência escolar era um entrave e tinha custo alto para o governo. Criou então o Fundo de Solidariedade (FUNSOL), que consiste em uma poupança-escolar. Ao final do ano letivo, cada aluno aprovado tem creditado em seu nome o valor de um salário mínimo, que só poderá ser retirado em sua totalidade ao término do Ensino Médio. Este sim um projeto economicamente viável (custo menor que 10% na Lei Fiscal) e o alto índice de repetência caiu dos 29,8% em 1994 antes do programa, para 16,45% em 1997, ano da implementação. As mudanças educacionais, não se prenderam ao espaço escolar. Obteve sucesso com A Mala do Livro, mini-bibliotecas em diversos lugares; As Temporadas Populares, que oferecem cultura variada a preços baixos; e o Educação para o Trânsito que transformou o trânsito em Brasília. Na área da Saúde e Trabalho, implantou o Saúde em Casa (médicos, enfermeiros e agentes de saúde visitam as famílias) e com o BRB, passou a custear pequenos agricultores com empréstimos facilitados.
Eleito Senador pelo DF em 2002, aceitou ser Ministro da Educação na 1ª gestão do governo Lula. Com as mudanças ministeriais, em 2004 retomou seu mandato no senado. Candidato a presidência pelo PDT em 2006, apresentou propostas educacionais para o país ficando em 4º lugar. Em 2010 foi reeleito Senador pelo DF. É membro do Instituto de Educação da UNESCO e Consultor da ONU. Criou a ONG " Missão Criança", consagrada entre as 20 mais atuantes do mundo. Autor de livros premiados, tanto na área educacional como econômica.
Nunca abandonou suas idéias nem seus ideais. É chamado de "semeador de utopias". Age até hoje como o militante estudantil de 1964, que defendia as causas educacionais e sociais. Por elas foi perseguido e continuou, dando-nos motivação.
"Independente das dificuldades, Educadores na essência, não devem abandonar a luta".
Sem eles, quem perde é o Brasil, quem sofre são os brasileiros.
Parabéns a todos os Educadores nesse dia 15 de outubro.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

"O que nos faz fortes é a união".

A população do Lote XV, em Belford Roxo hoje respira mais aliviada.
A mobilização dos moradores teve início através desse blog com a publicação do texto "Tragédia Anunciada" no dia 20/09 e o envio de e-mail a diversas autoridades.
Na postagem foi relatada a preocupação com as obras da Rua Impala, conhecida como "Beira Linha". Solicitamos que o projeto fosse fiscalizado, analizando as características próprias do local.
Recebi a ligação de um morador, pedindo que faça os agradecimentos.
Agradecemos aos representantes dos orgãos competentes que estiveram no local e constataram irregularidades no projeto inicial que não contava com as galerias de escoamento de água e esgoto, além da altura da nova via, o que traria grande risco de alagamento.
Com isso, após a fiscalização foi decretado o embargo da obra, aguardando estudo do impacto e dos riscos que traria, para posterior reajustes e o reinicio das atividades com as correções necessárias.
Ficamos com a esperança e a lição que a população precisa estar atenta, divulgar suas dúvidas e cobrar soluções.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"Perícia do Município contraria o Artigo 2º da Constituição."

A Constituição Brasileira em seu artigo 2º consagrou os ideais do Estado Democrático e de Direito em função da qual a dignidade da pessoa humana é considerada prioritária. Assim, todo e qualquer ato contrário deve ser denunciado.
Eu tenho consciência da obediência as regras, estatutos, normas. Valorizo as instituições. Mas estou cobrando da Prefeitura do Rio de Janeiro, SMA, Gerência de Perícias Médicas, para que analisem meu caso além de mero número ou contagem de dias.
Fui aposentada porque meu período de afastamento excedeu ao tempo limitado pelas regras do estatuto. Meu afastamento foi em virtude da necessidade de proteger minha integridade física e me recuperar dos traumas causados pelas ameaças e agressões, fatos registrados junto a Deam de C.Grande, cujo réu é o ex-marido.

Os problemas decorrentes da violência física e emocional, foram superados a quase um ano, o que foi ignorado e tive minhas licenças prorrogadas.Não fui informada antecipadamente , não me oportunizaram nenhuma tentativa de readaptação. Não apresento hoje qualquer traço da depressão que modificava o meu agir e sentir.
A médica que me acompanha ao longo de quase 2 anos não sugeriu meu afastamento e, apóia minha reintegração a rotina de trabalho.

Duas vezes concursada e tendo em meu currículo um trabalho de qualidade na rede ao longo de 16 anos, tenho orgulho do que conquistei com empenho e dedicação.
Vivencio hoje com garra, um caminho de troca e divulgação. E não pretendo me calar ou desistir.
Recorrerei mais uma vez a junta médica para nova avaliação, e acredito que será positiva ao meu retorno, já que não existe fato concreto que ateste minha incapacidade. Mas se não for desfeita a injustiça, recorrerei a outras instâncias
Exerço minha dignidade de cidadã e quero que a minha dignidade profissional seja devolvida.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

"Política e Família".

Nosso país está retrocedendo na maneira de fazer politica ou será que não mudamos?
No passado o "voto de cabresto" ditado pelo coronelismo levava toda uma população a votar sem questionar. Não havia conduta, propostas ou resultados que fizessem com que alguns políticos perdessem votos em seu "curral" eleitoral.
Parece que não evoluimos muito.
Em meus contatos com a população e as pesquisas de intensão, demonstram que ainda votamos ditados pela ilusão.
Ainda fazem campanhas baseadas em nomes de familia. Filhos, irmãos, esposas se apresentam a cargos públicos sem ter nenhum passado de luta ou proposta importante. Trazem a público o apoio do nome importante como se isso bastasse.
Saber que o Sr.Fulano é pai de um candidato não deveria ser o carro-chefe de ninguém.
Hoje vi no programa eleitoral o atual governador apresentar o primo dos filhos como se isso completasse o currículo do tal candidato. O que dizer do presidente apoiar como a um filho, se dizendo orgulhoso do candidato ao Senado, como se todas as tramoias que ele é investigado fossem apagadas da realidade.
Politica não é herança, cargo público não deveria ser profissão, ter ficha limpa é uma obrigação.
Deveriam ter propostas e resultados como slogan da campanha. Sem ter medo do debate, da pesquisa, do passado e da cobrança do eleitorado.
Para conquistar votos as parcerias criam "aberrações" e são feitas com o intuito de encobrir a triste verdade.
"O Brasil ainda é conduzido ao voto".

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

"Quanto vale o seu voto?"

Sou educadora.
Comecei esse blog para denunciar uma injustiça cometida contra mim pela prefeitura do Rio de Janeiro. E através de conversas e e-mail encontrei outros servidores que estão passando pelo mesmo problema.
Tenho percorrido vários bairros da cidade e até mesmo outros municipios e feito diversas descobertas. Os problemas são ainda maiores.
Um educador tem a função de educar e com suas idéias e sua postura, se transforma em formador de opinião.
Um cidadão é um eleitor mesmo porque, o voto é obrigatório.
Os políticos, ditam leis e regem nossas vidas e nós temos o dever de cobrar o máximo de empenho deles.
Já que estamos em ano de eleição, temos portanto, a oportunidade de ao menos tentar mudar. Temos o direito, o dever e a obrigação de policiar a vida pública e a conduta pessoal de nossos políticos.
Tenho observado e pesquisado os principais candidatos através de revistas, jornais, internete, horário político e nos debates promovidos pelas emissoras de tv. Em minha busca por informações me dei conta que poderia fazer mais, dar uma contribuição maior para a construção de um país mais justo (afinal esta é a função de um educador). A única forma de mudar a situação de calamidade, desrespeito e insegurança que vivemos hoje é policiando e divulgando. Eu estou fazendo a minha parte.
Fico impressionada com a quantidade de denúncias e a falta de propostas. Nas campanhas o desrespeito é ainda maior.
Durante o debate da Rede Record, com alguns candidatos ao governo do nosso estado.
O Sr. Jeferson Moura citou que em sua família receberam um cartão de crédito quase fiel ao original.
Ao abrir a minha correspondência tive o desprazer de ser também violada em meu direito de decisão.
O cartão de "voto" vem pronto e com todas as sutilezas de tentativa de compra.
O Votocard Gold tem meu nome impresso, o que me causou constrangimento.
No verso, os "compradores" tem nome, número e legenda partidária.
O valor do meu "credito" não tem limite, é do "tamanho do país que eu desejo".
Afirmam que posso "usar agora e cobrar depois".
Só tenho uma resposta a esses maliciosos que apelam para a ingenuidade da nossa população.
"O meu voto não tem preço".

terça-feira, 21 de setembro de 2010

"Exclusão Digital".

O projeto Rio Digital teve início em 2008 com a ativação do Rio Orla Digital.
O projeto se estendeu para a Baixada Fluminense, Avenida Brasil e Avenida Presidente Vargas.
Foram gastos milhões de reais com a promessa de uma internet gratuita e de bom desempenho para todos.
A população motivada pela propaganda que dizia "Inclusão digital para todos" comprou equipamentos, computadores, placas e antenas ou celulares com acesso hi-fi.
Hoje o que resta a maioria destas pessoas é o arrependimento e as dívidas. O projeto Avenida Brasil digital não funciona, os responsáveis do projeto informam em seus sites que os cabos foram roubados por milicianos (mesmo que tenha acontecido a mais de 5 meses), ainda não houve reposição total do equipamento. Nos fóruns de discussão, os relatos são que o material estava mal colocado e era de péssima qualidade.
O Projeto Baixada Digital também é um desastre. Entre tantos municípios, poucos bairros tem acesso.
O único município da baixada que tem quase 100% de cobertura é Duque de Caxias, isso só foi possível porque o ex-secretário de Ciência e Tecnologia, Sr. Alexandre Cardoso, tem naquele município seu sítio eleitoral.
Na Orla Digital não encontrei nunhuma queixa, nem dos turistas que visitam nossa cidade. Um casal de portugueses afirmou que estavam encantados e que nossa internet grátis é um projeto de primeiro mundo.
Na Presidente Vargas como não poderia deixar de ser o sinal também é ótimo. Empresários e outras pessoas, que mesmo podendo pagar por uma internet móvel, não tem do que reclamar da internet gratuita.
O projeto é importante. Gostaria somente que fosse de fato a inclusão verdadeira. Que comunidades afastadas da orla, de centros financeiros, comerciais ou eleitorais também recebessem atenção. Um projeto que poderia beneficiar milhares de pessoas, oportunizar pesquisas, e que traria conhecimento. Pessoas que através dessa grande ferramenta, estariam divulgando experiências e debatendo opiniões. Colocaria lado a lado todas as esferas da sociedade. Com certeza hoje o assunto na rede seria sobre as próximas eleições.
É um bom projeto mas que não atende aqueles que estão tentando deixar de ser analfabetos digital.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

"Tragédia Anunciada"

Quando ocorreu a tragédia no Morro do Bumba em Niterói, as autoridades afirmaram que não tinham idéia do perigo que a população daquela área corria. Foi provado que vários órgãos já haviam detectado e alertado sobre o problema e que nenhuma providência foi tomada. No auge do caos, especialistas apresentaram os motivos, engenheiros, urbanistas e políticos vieram a público revelar informações que a estrutura do terreno era frágil, que obras foram mal planejadas e mal estruturadas.
Estou mencionando esse fato porque algo parecido pode estar acontecendo. Estive no município de Belford Roxo, num bairro chamado Lote XV. O bairro é um dos principais ou o maior centro comercial de Belford Roxo com bancos, hipermercados e grande variedade de lojas. Todos lembramos que no final do ano passado as chuvas, alagaram e isolaram a baixada fluminense como sempre acontece. Lula e Cabral prometeram na época que obras de saneamento básico e dragagem dos rios Botas e Iguaçú seriam feitas.
Ontem constatei que de fato a dragagem dos rios foi executada mas o saneamento das ruas não. Estão sim, fazendo uma obra que provavelmente vai ilhar ainda mais os moradores daquele bairro. A Avenida Manoel de Sá, que corta o centro comercial irá se transformar em calçadão e outra rua do bairro conhecida como "Beira linha" está sendo transformada em avenida. O que me espantou foi essa obra. Parece que não houve estudo prévio ou fiscalização dos órgãos responsáveis. Em alguns pontos, estão elevando o nível da pavimentação em quase 1 metro e nenhum sistema de escoamento sendo preparado. Com isso, as casas estão ficando abaixo do nivel da futura avenida. Essa avenida que possivelmente irá ligar-se à Presidente Kennedy, principal via de Duque de Caxias e ao falado Arco Viário.
Alerto e peço as autoridades municipal, estadual e federal, ao CREA e a todos os órgãos fiscalizadores que analizem esta obra de forma responsável para que esses moradores, já tão sofridos,não sejam obrigados a passar outros finais de ano debaixo d'agua.
Estou postando essa carta em meu blog e enviando-a, as autoridades buscando competência.
Espero respostas agora e que depois não digam que não sabiam, foi uma fatalidade ou culpem o clima.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

"Apurando os fatos."

A última pesquisa divulgada sobre intenção de voto ao senado, me preocupou. A ascensão do candidato Lindberg demonstra que nem todos tem conhecimento do rastro deixado pelo ex-prefeito em Nova Iguaçu.
No Jornal Diário da Baixada, encontrei o relato de 3 moradores.
A dona de casa Cleonice Rosa - 53 anos diz: "O ex-prefeito passou anos só quebrando as ruas por aqui e no final não fez nada pelo povo que acreditou nele, e tem que passar pela lama quando chove".
O jovem Jonathas Santos - 23 anos reclama: "Ele veio, prometeu e nunca fez nada só soube destruir o que já tinha, se pelo menos tivesse deixado como estava, ainda tava bom"
Já o empresário, Douglas Vieira - 29 anos declara: "Acredito que o povo que for votar no ex-prefeito nessas eleições estará cometendo um enorme equivoco, que nos iguaçuanos cometemos. A sensação é que Lindberg veio para cá só para aproveitar as verbas em suas campanhas"
A imprensa noticiou que quando saiu da prefeitura, foi aberta uma CPI pela Câmara Municipal para apurar o rombo estimado inicialmente de 460 milhões deixado, além do prejuízo no PREVINI, fato que pode estar ligado ao desfalque sofrido no PREVI-RIO (fundo de pensão dos servidores do Rio). Segundo o jornal no mês de abril, Lindberg teve seus bens bloqueados a pedido do Ministério Publico Estadual.
Além dos servidores e da população que acreditou nas promessas, nem mesmo a igreja escapou do calote. Ele se comprometeu que o custo da reforma na Catedral no Centro da cidade de Nova Iguaçu ficaria a cargo da prefeitura. E segundo o bispo Dom Luciano Bergamim a verba não foi liberada em sua gestão.
Este é o político que você quer te representando no senado? Um que escapou do ficha limpa por 3 votos contra 2 e que ainda tem sua candidatura sendo julgada pelo TSE?
Será que a população do Estado do Rio de Janeiro merece ter essa voz no Senado?


FONTES:Dados retirados de Jornais, Telejornais, Revistas.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

"O preço da política."

Como as pessoas nos surpreendem. Ontem postei uma dúvida a respeito do PMDB e hoje tenho uma surpresa incompreensível.
Para alguns políticos, não importa quem está ao seu lado na foto. Importa quantos pontos cresce nas pesquisas.
Hoje cedo li uma notícia que me motiva a dizer isso. "Governador do Rio articula a união de Lindberg e Picciani".
O que me surpreende é que um candidato que apresenta seu trabalho com orgulho de tê-lo feito sem medo e com honra, aceitar aparecer ao lado do campeão de N. Iguaçu em processos envolvendo má administração.
Será que vale mesmo a pena? E as outras figuras públicas que apresentam emocionadas o seu apoio a ele? O que dizer a elas?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

"Lindberg e Paes. Juntos pelo Rio".

Como todo eleitor consciente, estou pesquisando a trajetória política dos principais candidatos. Acordos entre partidos e o apoio pessoal que recebem. No programa eleitoral, observei que o prefeito do Rio não faz parte da campanha do atual governador nem do candidato do PMDB ao senado.
Existe algum impedimento legal? Ou um racha no PMDB?
Por que então o Prefeito Paes apoia o candidato do PT ao senado?
O ex-prefeito de Nova Iguaçú (lider em processos na história daquela cidade), tem seu nome ligado a numerosos casos de mau uso da máquina administrativa. Uso indevido do dinheiro público(mensalinho?), licitações superfaturadas, desvio de verbas. Em todos os casos o jovem candidato afirma que tudo não passa de jogada política dos adversários. Mas o Ministério Público e a CPI da Câmara de Vereadores de N. Iguaçú, continuam atuando.
Recentemente ele teve seu nome ligado ao rombo no PREVINI e a dois presidentes para aqueles órgão durante sua gestão, ambos foram indicados por ele. Segundo a CPI um desses, o sr Luciano Dutra é o mesmo que está ligado ao desfalque sofrido dentro do Fundo de Previdência do Municipio do Rio (PREVI-RIO).
Será esse o motivo do apoio que recebe do Prefeito Paes?

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"Infidelidade Partidária"

Durante o programa eleitoral na tv. Vários aspectos chamam minha atenção. Os slogans, as promessas, as famílias e os partidos.
No futebol algumas frases dão idéia do que se diz daqueles que não são fiéis as cores do seu time. "Vira-casaca", "troca-tinta" ou "traíra". Na política, o motivo da "troca de sigla" é o interesse pessoal. Como acreditar em alguém que pula de partido para acompanhar o modismo e a oportunidade de crescer na vida pública através da mídia.
Um exemplo: Com participação em atividade políticas, um jovem conquista algumas funções. Engajado em um partido de forte representação, que visa o bem comum, o debate de opiniões e ideais partidário, esse jovem consegue manter-se por 3 ou 4 anos. Só que ele busca a visibilidade pessoal e seu trabalho é somente para galgar status. Então, ele prefere mudar sua filiação deixando para trás a linha partidária que o lançou. No novo partido, apresenta proposta polêmica que causa impacto na sociedade e dá a população a impressão que algo pode melhorar. Na verdade o que ocorre é uma ação direcionada a mídia.
Quando uma nova eleição se aproxima, o que parecia uma mudança vira "slogan" de campanha e vemos que nossa esperança foi mais uma vez em vão, e a cidade que estava apostando, tem que aguardar que um dia, a promessa vire realidade.

sábado, 11 de setembro de 2010

''Reeleição Municipal''

Eu sou professora,não sou jornalista mas gosto de escrever e tenho usado meu tempo como ferramenta, estou divulgando fatos com meu olhar.
Quero agradecer aos que estão me ajudando,informando e incentivando a continuar.Nessa trajetoria encontro pessoas, funcionários da rede e pais de alunos que me abastecem de informações. Nas conversas em uma coordenadoria da Zona Oeste, uma ansiedade ficou evidente. Um dos projetos de "presença" na educação que a Prefeitura tem apresentado,funciona da seguinte maneira : O CEC e o diretor da escola ,escolhem pessoas que morem ou não na comunidade, para prestar algum tipo de serviço educacional para aos alunoas. Esporte, dança, música, jogos, leitura, etc. Essas oficinas podem ser ministradas por qualquer cidadão que recebe por isso uma bonificação financeira. Quem não quer uma oportunidade como esta? Renda extra e sem nenhum ônus. Sem curso, capacitação ou concurso. Basta conhecer alguém que te indique. Alguns ingênuos colaboradores podem estar sonhando que terão mais tarde sua situação regularizada. Ledo engano. Estão sendo usados. Se os serviços prestados, representam algum benefício para os alunos e professores deve ser avaliado diretamente em cada Unidade Escolar. O que aflige a mim e aos colegas que conversei é um único ponto. Será que nosso atual gestor está investindo a verba destinada a esses projetos em benefício dos alunos ou o investimento tem um caráter eleitoreiro? Essas pessoas no futuro vão dizer "Presente" nas urnas? Será que o nosso prefeito está em campanha eleitoral visando sua reeleição?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

"Choque de ordem?"

Quando recebi a notificação da minha aposentadoria, chorei.
Foi um desespero saber que estavam me tirando o que sempre tive como mais importante, o meu trabalho. Não me vejo fazendo outra coisa. E por isso não penso em desistir. Olhei meu computador e pensei: "Já que eles não querem me ouvir, é com ele que vou incomodar."
Não é justo tratar o trabalhador dessa forma. Alguns dos que me leem, já me questionaram e você pode estar pensando o mesmo "O que essa mulher tá querendo? Já está aposentada. Pode ter renda dupla, ganhar na iniciativa privada e receber da previ-rio uma aposentadoria que muitos trabalhadores não alcançaram.".
Eu não me sinto bem com essa situação. Lutei muito para alcançar o que queria, leciono a 20 anos. Trabalhando como educadora, falava sempre aos meus alunos para serem justos, não se calarem diante de um erro, cometido por eles ou não.
Por isso estou aqui, não vou me calar.
Tenho andado, usando o tempo que errôneamente me foi dado. Hoje fui a São Cristóvão, e uma colega me levou ao Jacarezinho. Um lugar que eu não conhecia de verdade, só pela televisão. O que vi não é novidade, crianças sem inocência, se drogando e prostituindo.
Então que abordagem diferente posso fazer sobre assunto tão corriqueiro no noticiário do dia a dia da nossa cidade?
Dizer que as mazelas da nossa sociedade a muito se tornou um grande e lucrativo negócio para alguns?
Dizer que não é de interesse das autoridades resolver algumas questões?
Sem amparo, nossas crianças estão na rua, sendo acolhidas pelo tráfico e por exploradores.
O governo se justifica por não dar assistência aos nossos jovens: "Por não ter profissionais em número suficiente. Por não ter estruturas suficientes. Por não ter verba suficiente. Etc". Crianças na rua se drogando e prostituindo é um bom negócio para alguém?
Hoje não se faz o mínimo para modificar essa realidade. Mas com certeza nas próximas eleições, iremos ouvir promessas do candidato a reeleição, dizendo em sua campanha que a meta será tirar as crianças das ruas e do vício do crack. Adiando portanto as soluções. Porque, crianças na rua ainda é um bom negócio para alguém.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

"Um mergulho na perimetral".

O elevado da Perimetral, teve sua construção iniciada no fim dos anos 50 pelo Prefeito Negrão de Lima e seu término ocorreu na década de 80.
É uma das vias mais importantes da cidade. Por ele passam diariamente de 95 a 120 mil veículos.
Todos estão concordando que o elevado é um monstro e deixa a Zona Portuária da cidade muito feia. Se for por uma questão estética, tem que ser demolido.
Então, pergunto a essas pessoas, respeitando é claro a sua opinião, se elas sabem quanto custou a obra. E vou mais além se elas calculam quanto custará para demolir, retirar o entulho e construir a tão falada via expressa subterrânea.
Vou lhes dizer o que agride o meu sentido estético...Passar todos os dias pela Av. Presidente Vargas a caminho do 2° maior centro financeiro deste país e, ao olhar para minha esquerda ver o morro chamado Providência sem que nenhuma esteja sendo tomada. Então o Sr Prefeito, para melhorar a estética será que vai derrubar o morro ou construir um mergulhão? Substituindo também a Av. Presidente Vargas para que os seus súditos e os estrangeiros não vejam as mazelas?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

"Qual a independencia que queremos?"

O Brasil tem em sua história fases que o sentimento "vergonha" é o mais marcante.
Hoje, 07 de setembro, gostaria de saber qual a independência que temos?
Qual a indepêndencia que queremos?
O que nos torna dependentes? Quais são os grilhões, as amarras?
Onde está o sonho de liberdade pela qual gerações anteriores sonharam?
O que temos em nossa época não traduz o porque tantos lutaram e muitos morreram.
Motivada por esse pensamento que continuo divulgando minha história, espalhando meu relato.
Querendo alcançar a independência. Me libertar do grilhão de "incapaz" que a prefeitura do RJ me prendeu. Querendo mostrar que o destemor hoje é o sentimento mais forte em mim.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

De Maria Ziehlsdorff

 Para que as pessoas  saibam como estou sendo prejudicada pela atual
administração municipal.
"Mesmo que tudo indique o contrário, creia: o seu cavalo pode voar."
 Entrei numa luta desigual pelo direito de ter meu trabalho de volta.
Sou professora de ensino fundamental, tenho duas matrículas na rede
municipal, e estou indignada  com os métodos que estão utilizando para
alcançar as metas na atual gestão. Estão negociando a aposentadoria de
servidores, transferindo os encargos financeiros do servidor ativo
para o fundo de pensão, aumentando assim a folha de inativos da
PREV-RIO. Este fato é uma parte do "projeto" que tem um objetivo ainda
maior. Através de conversas com servidores, pesquisas e notícias
veiculadas pela imprensa, fica evidente a estratégia utiilizada.

Deixo aqui 3 perguntas: 1-Porque as merendeiras passaram pelo
constrangimento e foram submetidas a exames periciais em clínica e
médicos escolhidos pelos administradores? O resultado dessa manobra é
que grande parte dos profissionais tiveram suas readaptações revogadas
ou foram aposentadas por incapacidade. 2-Se há falta de funcionários e
professores, porque não lançar o edital de concurso público para
compor os quadros? Ao invés do tramite legal, o que estamos vendo são
as parcerias com ONGs, Fundações Famosas, Universidades. Concordo que
toda a sociedade deve dizer "presente" a causa educacional, mas sem a
desvalorização do profissional qualificado e concursado. 3-Porque a
Biometria encaminha processos de aposentadoria por invalidez de
servidor que não apresenta nenhuma incapacidade?
Eis meu relato: Fui vítima de ameaça e sofri agressão do meu ex
marido. Medo, depressão e estresse, me afastararam das funções que
exerci com empenho e dedicação por 16 anos. Ja estando apta e tendo
por diversas vezes inquirido aos peritos sobre meu retorno, mesmo
nenhum dos laudos apresentados por mim falar em incapacidade para
exercer qualquer função. Os peritos negaram meu retorno, deixando-me a
mercê de uma situação em que me sinto humilhada, me desqualificaram
sem levar em conta tudo o que lutei para conquistar minha realização
profissional. Sem ter sido informada que o período de afastamento era
limitado, sem ter sido ouvida e sem ter sido adaptada a nova condição,
direito que é garantido por lei. Atestaram em um processo de
aposentedoria por invalidez permanente que estou incapaz de exercer
qualquer função. Sempre trabalhei, e dediquei-me ao serviço publico
com afinco, buscando oferecer as melhores oportunidades, as quais eu
não tive, para as crianças que eu educava. Como alfabetizadora, não
ensinei somente  o caminho da leitura. Ensinei a centenas de crianças
sobre cidadania, respeito, justiça, trabalho, honra e tantos outros
conceitos fundamentais numa sociedade verdadeiramente digna. Hoje
revelo minha indignação e afirmo que muitos dos que decidem sobre
nossa vida, não aprenderam esses valores o que os tornaria pessoas
mais conscientes dos limites do seu poder
Um poderoso rei condenou um humilde súdito à morte.
 O homem, prestes a ser executado, propôs e teve a concordância do
rei, permiti-lo ensinar o cavalo real a voar.
Caso não conseguisse, no prazo de um ano, então sua sentença seria cumprida.
"Por que adiar o inevitável?" Perguntou-lhe um amigo.
"Não é  inevitável," ele respondeu, "as chances são quatro a um a meu favor.
Dentro de um ano:
O rei pode perder o trono.
Eu posso Fugir.
O Cavalo pode fugir.
Eu posso ensinar o cavalo a voar.
Freqüentemente nos vemos diante de obstáculos difíceis e aparentemente
impossíveis de transpor.
Por mais que busquemos soluções, elas parecem não existir.
O primeiro impulso nos convida a desistir, precisamos juntar os
esforços para achar as possíveis soluções.
Porém, hoje, em poucas horas o homem atravessa um oceano e vai para
outro continente!
Não esmoreça nunca. Mesmo que tudo indique o contrário, creia: o seu
cavalo pode voar!