segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

"Saúde Pública no Rio. Salve-se quem puder."

O jornalismo no Rio de Janeiro, tem alertado para o caos na saúde

A falência no atendimento oferecido a população fluminense é de conhecimento público.
Chega a ser ironico ver as "redes televisivas" mostrando a precariedade e empenhadas em cobrar do governo uma qualidade que a muito tempo vem sendo desprezada.
O período eleitoral já passou...Ou está apenas começando?

Como evitar a falta de atendimento médico e quais as formas de evitar a falta de especialistas?
- Será que o objetivo da mídia é valorizar as OS (Organizações Sociais) e apresentá-las como a solução para o problema causado pelo próprio poder público?

-Apresentar para a população os erros e mostrar que se as OS ficarem a cargo da gerência e do atendimento nas emergências dos quatro grandes hospitais da prefeitura: Souza Aguiar (Centro), Miguel Couto (Gávea), Lourenço Jorge (Barra da Tijuca) e Salgado Filho (Méier) tudo será resolvido?
A estimativa da prefeitura é que a implantação do programa custe R$ 167,7 milhões em dois anos, tempo de duração do contrato. Durante esse período, a emergência do Pedro II (em Santa Cruz) - hospital estadual que, após um incêndio no ano passado, foi interditado e municipalizado - será integrada ao sistema.

Hoje as OS são responsáveis por administrar e contratar pessoal para os postos do Programa de Saúde da Família no Rio.
(Só em 2010, as OS cariocas receberam R$ 334 milhões. Isso equivale a 30% dos gastos com pessoal no período. A lei municipal 5.026, que regulamentou o papel das organizações sociais, proibiu que o sistema fosse implantado em unidades antigas).


O que eu não compreendo é...
-a frequência é severa, mas aceita as burlas, já que não é totalmente fixo???
-o monitoramento da base operacional, pede que os médicos especialistas fiquem de sobreaviso???
- pacientes serão transferidos para unidades mais vazias, se o atendimento daquela unidade estiver em alta???
-profissionais que alcançarem metas de produtividade terão direito a bônus???
-metas de atendimento chegam até cerca de R$ 5 mil por semestre.

Os servidores das emergências poderão optar por trabalhar nos plantões, contratados pela OS, ou se dedicar à rotina do atendimento no hospital???

Refletindo...O médico especialista, concursado opta por um contrato com a OS. Cumpre seus plantões como contratado pela OS, clinicando em uma emergência.
Portanto ele supre as necessidades diárias da emergência do hospital para o qual deveria ser enviado como concursado.

Não critico o médico que sobrecarregado, desvalorizado, opta por um contrato com a OS, onde cumpre metas para ter seus rendimentos aumentados, ficando a disposiçao da base operacional. E se essa base, diz a ele onde pode ser mais fácil alcançar as metas? Isso parece comercio mas não é ilegal.

A prefeitura diz que vai coordenar e fiscalizar as OS.
Se é tanta a facilidade em organizar algo privado, porque não melhorar o público?
Nosso prefeito vem sucateando a saúde pra que ninguém tenha duvidas que terceirizar é o melhor caminho. Os postos de saúde estäo abandonados, os hospitais também.

Organizações Sociais (OS) é outro nome para privatização. As OS estão em discussão em outros 13 estados.
Profissionais concursados estão tão sucateados como os hospitais em que trabalham. Nada está sendo feito, já que a prefeitura não está burlando a lei, apenas enganando a população. Apresenta um projeto que não resolve os problemas da Cidade.
Já escrevi sobre a UPA de Realengo que funcionava, mas não tinha médico.
UPA ,assim como as OS são um valio$o caminho para a privatização da saúde pública.

Por exemplo, qualquer pessoa que busque atendimento médico na Zona Oeste, não consegue. As Emergências não funcionam, os Postos de Saúde e UPAs também não.

De forma organizada e com inaugurações concorridas Eduardo Paes está vendendo a Cidade.
E os Vereadores e Deputados estaduais não fazem nada por que?
É mais legal divulgar "boas notícias", manter a cabeça no buraco e fazer pose para fotos ao lado do prefeito