sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

"Os Servidores da PCRJ recebem um novo colega de Trabalho. O ex-Ministro Carlos Lupi".

Em 29 de março de 2007, o até então presidente do PDT Carlos Lupi, assumiu o Ministério do Trabalho e Emprego no governo Luiz Inácio Lula da Silva e foi mantido na pasta pela presidente Dilma Rousseff.

Em novembro de 2011, foi acusado de envolvimento com o polêmico caso de desvio de dinheiro público. Lupi foi interrogado na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, defendendo-se das denúncias.
As explicações não convenceram e a Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendou a sua saída da Pasta.
O ministro do Trabalho, no dia 4 de dezembro de 2011, alvo de grande pressão pública e o surgimento de novas denúncias, entregou seu cargo após uma reunião com Dilma Rousseff.

Carlos Lupi teve cargos-fantasma na Câmara dos Deputados por quase seis anos. A denúncia apontou que ele foi lotado na liderança do PDT de dezembro de 2000 a junho de 2006, mas no período exercia atividades partidárias como vice-presidente da sigla.
As normas dizem que ocupantes desses cargos devem exercer funções técnicas e precisam trabalhar nos gabinetes.
Lupi teve que ir ao Congresso tentar explicar uma viagem no avião de um empresário para cumprir agenda pública em municípios do Maranhão.
Na Câmara dos Deputados, ele disse não conhecer o empresário Adair Meira, fundador da ONG Pró-Cerrado, que detém contratos milionários com o Ministério do Trabalho.
Mas o próprio Adair desmentiu a versão, dizendo que viajou num trecho com o então ministro.
A viagem ao Maranhão foi apenas mais um episódio na já ameaçada carreira do ministro. De acordo com reportagens publicadas, funcionários do ministério estariam envolvidos em um suposto esquema de cobrança de propina de ONGs conveniadas com à pasta.
Com a renúncia, Lupi sai do cenário nacional sem dar nenhuma explicação aos cidadãos brasileiros, porém no dia 30/01/2012, sai fortalecido de reunião do diretório em Brasília, quando proferiu a frase que fez com que EU, uma Brizolista, sentisse nojo...
“Quero dizer a cada companheiro que este partido continua fidelíssimo aos princípios que nortearam toda a vida política de Leonel Brizola. Nosso caminho é à esquerda”.

O partido não poderia compactuar com essa postura, mas apenas um pequeno grupo, como por exemplo o deputado Paulo Ramos (RJ) e o ex-deputado Vivaldo Barbosa, exigiam o afastamento de Lupi da presidência até a apuração das denúncias por sua atuação à frente do Ministério.

Mas a vergonha não tem fim, em 17/02/2012 (hoje) Carlos Lupi ressuscita politicamente como o mais novo funcionário da prefeitura do Rio de Janeiro.

O ex-ministro do trabalho e emprego do Governo Lula e Dilma, e presidente nacional do PDT, que saiu do ministério sobre fortes denúncias de desvio de dinheiro público, declarações polêmicas de "amor e tiros", criando um constrangimento com a Comissão de Ética Pública da Presidência da República que havia recomendando a sua saída da Pasta e a Presidência que tentou mantê-lo.
Carlos Lupi agora, exercerá o Cargo em Comissão de Assessor Especial I, símbolo DAS-10.A. Um dos salários mais altos da administração municipal.
Carlos Lupi foi retirado do Ministério do Trabalho e Emprego, sob fortes denúncias, e em seu histórico político consta como o primeiro ministro a deixar o cargo por recomendação da Comissão de Ética Pública da Presidência da República e como "punição" ganha do prefeito da cidade do Rio de Janeiro uma pasta criada especialmente para ele?
O prefeito Eduardo Paes está bem articulado com os partidos de aluguel, resta saber quem paga mais esta conta.
Fontes: DO do Município do RJ, Jornais e Revistas de circulação nacional.